Supressão da produção natural de testosterona

Basicamente, quando usamos um hormônio sintético (esteroide) a produção natural de testosterona vai ser suprimida. O grau de supressão de testosterona vai depender de inúmeros fatores como droga usada, duração do ciclo e genética, mas, em algum grau, sempre vai ocorrer.

Quais são os efeitos colaterais da supressão da testosterona?

A supressão da produção natural de testosterona pode causar vários efeitos colaterais, especialmente nos homens, como:

• Ginecomastia (aumento das mamas);
• Disúria (dificuldade para urinar);
• Atrofia dos testículos;
• Infertilidade e impotência;
• Diminuição da contagem e da mobilidade dos espermatozoides;
• Alteração da morfologia dos espermatozoides.

Além disso, a supressão da testosterona pode causar outros efeitos como:

• Perda de massa muscular e óssea;
• Aumento da gordura corporal;
• Diminuição da libido e do desempenho sexual;
• Depressão e alterações de humor;
• Anemia e fadiga;
• Retenção de líquidos e inchaço.

Como evitar a supressão da testosterona?

A supressão da testosterona pode ser evitada de algumas formas, como:

• Evitar o uso de hormônios sintéticos (esteroides) que inibem a produção natural de testosterona;
• Praticar exercícios físicos regularmente, mas sem exagero, pois o excesso pode aumentar o cortisol, que é um hormônio que reduz a testosterona;
• Dormir bem, pois o sono é essencial para regular os níveis hormonais;
• Manter uma alimentação saudável e equilibrada, rica em zinco, vitamina A, vitamina D e ômega 3, que são nutrientes que favorecem a produção de testosterona;
• Evitar o estresse, o tabagismo, o alcoolismo e o uso de drogas, pois são fatores que prejudicam a saúde e interferem na síntese de testosterona.

Como tratar a supressão da testosterona?

O tratamento da supressão da testosterona depende da causa e da gravidade do problema. Em alguns casos, pode ser necessário fazer a reposição hormonal com testosterona por meio de injeção ou medicamentos na forma de comprimidos, gel ou adesivo transdérmico, por exemplo. Alguns nomes comerciais são: durateston, somatodrol, provacyl e androgel.

No entanto, a reposição hormonal deve ser feita com acompanhamento médico e somente quando os níveis de testosterona estão muito baixos, pois o excesso desse hormônio também pode causar efeitos colaterais indesejados.

Algumas formas de baixar a testosterona de forma natural são:

• Tomar chá verde diariamente, pois ele ajuda a reduzir a produção de testosterona;
• Aumentar o consumo de alimentos integrais e diminuir o consumo de carboidratos refinados como arroz, macarrão, batata e pão branco, pois eles aumentam a insulina e a testosterona;
• Praticar exercícios físicos moderados, mas evitar os de alta intensidade, pois eles estimulam a liberação de testosterona;
• Controlar o estresse, pois ele eleva os níveis de cortisol, que é um hormônio que interfere na testosterona;
• Evitar o consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas, pois eles prejudicam o equilíbrio hormonal.

Quais são os riscos da reposição hormonal?

A reposição hormonal de testosterona pode trazer benefícios para os homens que sofrem de baixa produção desse hormônio, como melhora da libido, da massa muscular, da densidade óssea e do humor. No entanto, também pode trazer riscos para a saúde, especialmente se feita sem necessidade clínica ou acompanhamento médico.

Alguns dos riscos da reposição hormonal de testosterona são:

• Agravamento de câncer na próstata ou aparecimento de câncer de mama;
• Aumento do risco de doença cardiovascular, como hipertensão, trombose, infarto e AVC;
• Aumento da toxicidade do fígado;
• Aparecimento ou piora da apneia do sono;
• Acne e oleosidade da pele;
• Reações alérgicas na pele devido à aplicação do adesivo;
• Aumento anormal da mama ou ginecomastia;
• Alteração do colesterol e do hematócrito.

Por isso, é importante consultar o urologista antes de iniciar a reposição hormonal de testosterona e fazer exames periódicos para avaliar os níveis desse hormônio e os possíveis efeitos colaterais do tratamento.

O que é TPC?

TPC é a sigla para terapia pós ciclo, que é um termo usado para se referir ao tratamento que visa acelerar a recuperação da produção natural de testosterona depois de um ciclo de esteroides anabolizantes ou outras drogas que afetam os níveis hormonais.

A TPC é importante para evitar os efeitos colaterais da baixa testosterona, como perda de massa muscular, diminuição da libido, depressão, fadiga, entre outros. Além disso, a TPC também ajuda a manter os ganhos obtidos com o ciclo de anabolizantes, evitando a perda de força e volume muscular¹.

A TPC é feita com o uso de medicamentos que estimulam a produção de testosterona pelos testículos ou que bloqueiam os efeitos do estrogênio, que é o hormônio feminino que pode aumentar após o ciclo de anabolizantes. Alguns dos medicamentos mais usados na TPC são o clomid (citrato de clomifeno), o tamoxifeno (nolvadex) e os inibidores de aromatase, como o anastrozol (arimidex).

A duração e a dosagem da TPC dependem de vários fatores, como o tipo, a quantidade e o tempo de uso dos anabolizantes, a genética do usuário, os exames hormonais e os sintomas apresentados. Por isso, é recomendado consultar um médico antes de iniciar a TPC e fazer um acompanhamento regular para avaliar os resultados e os possíveis efeitos colaterais do tratamento.